JÔ SOARES PARTIU ...
Acordei hoje com uma notícia triste.
Daquelas que nos afetam de uma forma diferente.
“Parece” que Jô Soares morreu, disse minha esposa. E
completou: - Vou confirmar.
Fato confirmado. Jô tinha morrido.
Para alguns, talvez para os mais jovens foi uma personalidade
que foi embora, ou até mesmo “mais uma”... nestes tempos tão tristes de covid19
em que perdemos tanta gente. Pessoas próximas de verdade e aquelas que nos
acostumamos tanto a ver que até nos sentíamos próximos...
E por que eu ficaria triste pela morte do Jô?
Eu te conto.
Eu tenho lembranças vívidas de seus personagens que vêm da
minha infância (fui ver da data do “VIVA O GORDO”, 1981). Isto é, o Jô marcou
positivamente a minha infância.
Depois, na minha juventude, passei a acompanhar uma outra
faceta do Jô. O seu “talk-show” Jô onze e meia (que em geral começava quase meia
noite). Aprendi muito com suas entrevistas, sempre recheadas de bom humor. Marcou
minha juventude. Lembro-me nitidamente da TV de 14 polegadas do meu quarto (sem
controle remoto) em que assistia baixinho para não acordar minha irmã no quarto
ao lado.
E o Jô não parou por aí. Escreveu livros. Eu li. Na verdade,
me deliciei com eles.
Um dos livros virou filme, eu assisti. Quem não viu?
Eu ri com o Jô. Aprendi com o Jô. Li o Jô. Assisti filme do
Jô.
Ele fez parte da minha, infância, juventude e da vida
adulta.
E agora, na sua morte, ainda me fez refletir e escrever
essas breves memórias afetivas. Ou seja, mesmo tendo ido embora, ainda me provocou
a escrever.
Gratidão, Jô.
Vai em PAZ!
Do seu fã, Vinicius Calado