A fome tem consequências nefastas na África. Para salvar o resto da família da fome, as meninas viram "moeda de troca" por comida. O destino será a prostituição nos países do centro e da semi-periferia. Pessoas viram produto, gananciosos se aproveitam da dor e da pobreza alheia. O lucro não enxerga nada, não tem limites.
Ter é mais importante que ser. Salvar uma vida nada vale.
Ganhar U$ 10.000,00 investindo dez sacos de milho é uma atividade empresarial, pois o jornal que circulou a notícia ao invés de chamar de traficante de pessoas, chamou-o de empresário.
Com esta nova ética mundial é bem possível que estes "empresários" acreditem que estão cumprindo sua função social e "salvando" a família e a jovem "da morte". Viver indignamente é, de fato, viver ?
A troca do ser pelo ter é algo que nos invade cotidianamente, até nas peças publicitárias mais inocentes. Uma determinada sandália tem um telecomercial com a seguinte estrutura:
A bela garota demora para escolher que sandália vai usar. Quando desce o rapaz bem arrumado indaga: Vai de "sandália"? É melhor trocar! A moça responde: É "sandália", todo mundo usa! Ele retruca: É melhor tocar. Ela concorda. Pega o telefone e liga para alguém. Desce novamente. Trocou o rapaz e não trocou a sandália.
Parece um besteira. A piada é ótima. O apelo comercial sensacional. Mas houve mais valor a coisa do que a pessoa. Somos mesmo assim?
Espero sinceramente que não.
Fonte da matéria sobre a fome no Zimbábue:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4730652-EI294,00-Fome+obriga+camponeses+a+vender+suas+filhas+e+comer+macacos.html
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